Depois das decepções que tivemos com o restaurante e o hotel no primeiro dia de viagem, resolvemos ser mais instintivos no segundo dia. Então, após 3h:40m de estrada e 265Km já rodados naquela segunda-feira, começamos a buscar visualmente por opções de parada. Assim que atravessamos a divisa BA/MG, vimos à esquerda um posto Ipiranga bem bonito, com vários caminhões circulando no pátio. Resolvemos confiar nos caminhoneiros e entramos nesse posto, mesmo sem estar em nosso roteiro. Era aproximadamente 7h:10m.
O posto em questão é o Dom Pedro. Ele conta com um belo restaurante chamado American Grill, e fica localizado na cidade de Divisa Alegre. Após um pequeno “pitstop” no banheiro, fomos direto para a parte da lanchonete… Por trás do balcão, fritavam uma linguiça na chapa, que estava com uma cara ótima (infelizmente não estava pronta)! Comemos um pão com carne acompanhado de café. Estava tão bom que repeti! Valeu a pena pararmos ali, e se tornou nossa primeira opção naquela região. Ao sairmos, ainda tiramos algumas fotos do lado de fora (a vista de lá é muito bonita), e fomos abastecer, pois o tanque já estava bem abaixo da metade desde o último abastecimento em Itatim. Demorou bastante a aparecer um frentista, o que atrasou nossa saída. Por fim, partimos as 8h:10m na intenção de só pararmos em Governador Valadares (a 400Km dali), e novamente sem um ponto de parada definido. – Definimos ali que, se chegássemos até Leopoldina/MG, terminaríamos a viagem naquele dia, independente do horário.
A BR 116 no trecho mineiro não era privatizada (e continua não sendo até Valadares) e estava com sinais de desgaste, mas ainda muito boa para trafegar. – É um trecho muito sinuoso, e o Waze previa 5h para chegarmos em nosso próximo destino, dando 80Km/h em média. – Se considerarmos que é um trecho de pista simples, que corta várias cidades (uma delas, Teófilo Otoni) e tem muitos radares de 60Km, é uma média bastante otimista.
Entre Divisa Alegre e Pedra Azul, a vista da estrada é muito bonita, numa região bastante montanhosa. Em Medina, as grandes pedras próximas à rodovia ganharam mensagens aos caminhoneiros (tentávamos ler o que estava escrito).
Em Itaobim cruzamos o Rio Jequitinhonha exatamente as 9h:32m. E assim foi nas demais cidades que se seguiam: belas vistas de montanhas, curvas e pouco trânsito até chegarmos a Teófilo Otoni, que cruzamos perto das 11h:30m. Por ser um trecho extremamente urbano, sua travessia é um pouco demorada com infinitas idas e vindas, pra lá e pra cá, no traçado da estrada (sim, o traçado da pista faz uma espécie de ziguezague em toda extensão da cidade). Depois de vencermos o “ziguezague” de Teófilo Otoni, comemorávamos a proximidade que estávamos de Valadares.
Chegamos em Governador Valadares exatamente as 13h (como o Waze previu), e logo vimos um posto Shell bacana à nossa direita (Cherokee), mas o que nos chamou atenção foi um restaurante ao seu lado, com vários carros estacionados na porta (pensamos: se há vários carros parados na frente, é porque deve ser bom). Chamava-se Minas Restaurante (não estava no roteiro). Estacionamos na porta e entramos para almoçar, onde tivemos outra boa surpresa! Comida mineira da melhor qualidade, legumes e verduras frescos! Nos alimentamos muito bem (a ponto de eu ficar com “lombeira” – o que não é bom para quem vai dirigir), e conversei com o dono na hora de pagar a conta. Ele me disse que tudo o que comemos foi plantado na horta que eles têm atrás do restaurante. Satisfeitos, saímos de lá umas 13h:45m com destino à nossa próxima meta: Leopoldina.
Valadares tem um trânsito bem chato na BR. Do restaurante até a ponte sobre o Rio Doce, gastamos cerca de meia-hora. Já estávamos convictos de que não passaríamos mais uma noite em hotel devido a última, que não foi tão agradável, mas ainda tínhamos mais 380 Km até chegarmos em nosso checkpoint e 507 Km até o destino final.